Começo da Vida

(Het Begin van het Leven)

1. A tempestade ficou mais forte. O navio subia ondas gigantes. Depois caía em vales profundos de água. Cada vez que descíamos pensava que nunca subiríamos outra vez. Tinha a certeza que todos morreríamos. As ondas seriam o meu túmulo.

2. "Oh Deus!" rezei. "Salva-me! Se me deixares viver volto para casa. Ouvirei o meu pai. Nunca mais irei para o mar. Prometo! Vejo agora que ele tinha razão. A vida do meio é a melhor!"

3. Pensei nas lágrimas do meu pai. Lembrei-me dos avisos da minha mãe. A minha consciência doía-me. Tinha sido um mau filho. Parti sem permissão. Parti-lhes o coração. E agora Deus estava a castigar-me.

4. Toda a noite a tempestade continuou. Fiz promessa após promessa a Deus. Seria bom. Obedeceria sempre aos meus pais. Apenas por favor, por favor, deixa-me viver! Cada onda parecia pronta para nos matar.

5. Mas na manhã seguinte algo mudou. O vento ficou mais calmo. As ondas ficaram menores. O sol apareceu. E de repente o oceano não parecia tão terrível. Era na verdade bastante bonito. O meu enjoo passou. O meu medo desapareceu também.

6. O meu amigo encontrou-me no convés. Riu e bateu-me no ombro. "Estavas assustado ontem à noite, não estavas? Pensaste que aquele ventinho nos mataria?" Não conseguia acreditar nas suas palavras. "Ventinho?" disse. "Foi uma tempestade terrível!"

7. Riu ainda mais. "Aquilo não foi nada! Espera até veres uma tempestade verdadeira. És apenas um marinheiro novo. Vais aprender. Vem, vamos beber ponche. Vamos celebrar a tua primeira vez no mar!" Fomos para baixo do convés beber.

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Terug Naar Robinson Crusoé